Vem chegando uma data de amor.
Como buscar significados e como materializar o amor?
Troca de presentes, troca de carinhos...
Como eternizar o amor?
Nossos antepassados sabiam como.
Com as jóias de família.
Esse hoje, chamado Design emocional, perpetuou o amor e os laços por muitas gerações, através de algumas jóias, como o Camafeu e o Relicario, que hoje são acessórios fashion retrô.
Vamos conhecer a história desses símbolos:
Camafeu
A palavra Camafeu, significa "entalhada" ou "esculpida". Trata-se de uma pedra fina cinzelada que forma uma figura em relevo e comporta ou não camadas superpostas de cores diferentes.
Estes adornos surgiram por volta do ano 300 a.C., na Alexandria, sendo utilizados em jóias e adornos para roupas.
Os camafeus, produzidos a partir da ágata, do ônix, da sardônica, traziam imagens de deuses, cenas mitológicas e figuras femininas.
As jovens mulheres do período Helenístico usavam camafeus com a figura do deus Eros como um convite sedutor ao amor.
Até o sécuLo XIX, os camafeus também eram usados por homens nos elmos, capacetes, peitorais de armaduras e punhos de espadas bem como em broches e relógios e anéis.
Napoleão foi tão apaixonado por camafeus que fundou em Paris uma escola para ensinar a arte de produzi-los para jovens aprendizes.
Além das jóias, os camafeus também decoravam vasos, baixelas, taças e copos, bastante apreciados pelos nobres e ricos.
A predileção pelos camafeus, fez com que a Rainha Vitoria ditasse moda entre as mulheres da época, que começaram a usá-los nas blusas, vestidos ou numa fita envolta no pescoço.
A cidade italiana Torre Del Greco, é até hoje, referência na arte mundial de produção de camafeus, utilizando diferentes tipos de concha do mar e corais para a produção. Os mestres trabalham manualmente com ferramentas de aço e selecionam as conchas, calculando o numero de camafeus a serem obtidos a partir delas.
Outro grande centro de produção de camafeus é Idar-Oberstein, na Alemanha, onde a produção ocorre a partir da ágata branca, da coralina e do ônix. As gemas são coloridas para, depois, serem gravadas ou esculpidas com a ajuda de ultrassom e computadores, devido a sua dureza. As peças são fabricadas em série, a partir de um modelo feito a mão.
A cor é posteriormente retirada da superficie da gema com produtos quimicos, ficando em sua cor branca original.
Como não são todos que podem adquirir uma jóia tão especial, muitos apelam para réplicas em plástico e outos materiais que imitam as técnicas ancestrais. Mas, sendo a moda tão democrática, hoje podem ser encontrados camafeus para todos os bolsos no mercado.
Relicário
Originalmente era um objeto usado para guardar relíquias de um santo.
Narra a Tradição, que a santa Coroa de espinhos de Jesus Cristo, referida na passagem do Evangelho de São João, foi recolhida pelos discípulos do Divino Salvador e conservada até o ano de 1063 no monte Sion, em Jerusalém.
Coube a São Luís IX, rei de França, a glória de ter adquirido do Imperador de Bizâncio, em 1239, essa relíquia inestimável.
Para abrigá-la condignamente, mandou construir a mais bela jóia arquitetônica em estilo gótico existente na Europa: a Sainte Chapelle de Paris.
Para abrigá-la condignamente, mandou construir a mais bela jóia arquitetônica em estilo gótico existente na Europa: a Sainte Chapelle de Paris.
Atualmente, a Santa Coroa de espinhos pode ser venerada na Catedral de Paris, onde se encontra protegida por fino anel de cristal, sob a custódia dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém.
Este pode ter sido o primeiro dos relicários. Símbolo, que nas famílias antigas, era usado para guardar, também, relíquias e fotos de pessoas amadas e familiares.
Lembro-me de minha vó falando que via seu pai usando um relógio de bolso junto com um relicário que guardava fios de cabelo de sua amada esposa.
Hoje, usado como uma peça fashion retrô, pode ser encontrado nos pescoços das mais descoladas fashionistas que adoram uma tendência vintage.
Muito procurado para colocar fotos de namorados, foto da mãe, foto de pessoas queridas que partiram, de quem se sente saudades...
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(fontes: Jornal Entreartes/site joias e simbolos medievais/site joiabr)
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