< B-sides da Coleção > Especial Técnicas de pintura e materiais

Continuando com o clima de arte no blog, ainda em votação com o projeto criativo B-sides da Coleção, vamos ao segundo post Especial sobre os processos criativos para se chegar a um croqui de moda.

Vamos falar hoje, sobre alguns materiais para pintura e suas técnicas de uso e aplicação:

Começando com o mais usado lápis de cor.

Regras gerais: Primeiro de tudo certifique-se sempre que sua folha de papel não esteja em cima de uma superfície com relevos, isso atrapalha a pintura. Sempre pinte com uma prancheta, uma superfície lisa como livros e revistas ou outras folhas em baixo. Outra coisa importante, sempre teste em folhas de rascunho separadas, antes de aplicar as técnicas seguintes no seu desenho!

Lápis de cor:

O ideal, ainda mais para quem está começando a aprender é comprar um estojo básico Faber Castel (marca muito boa nacional que não deixa muito a desejar para as Internacionais) com 24 cores. Depois dá pra ir comprando separadamente as cores que mais desejar ou mais tons de cor de pele.

Outras opções de marcas: Mondeluz (de grafite um pouco frágil para nosso clima) e Carand´Ache (Esta é a melhor, porém bem mais cara)

Lápis de cor aquarelável:

Esses lápis são especiais. Seus grafites são mais cremosos e se assemelham a aquarela, solúveis em água, o que proporciona a possibilidade de usá-los como lápis de cor e para efeitos aquarelados, também. Eu comprei um estojo desses da Faber Castel. Ao comprar uma caixa deles, vem um pincelzinho.

A utilização é simples. Sob um papel bem expesso, como canson, você traça as bordas do seu desenho e com o pincel úmido na água (sempre tirar excesso) passe no contorno feito nas bordas, de fora para dentro, espalhando sempre, a fim de não deixar concentrações nem borrões.

Quando secar, faça realces com o lápis.

Técnicas com o lápis de cor:

Tom contínuo:

Pinte seu desenho com o lápis meio de lado e não com a ponta.

O ideal é chanfrar a ponta (Com um estilete - para torná-la menos pontuda)

Sem forçar e com uma pressão no lápis uniforme, sem pesar mais a mão em determinados momentos, vá colorindo a figura até obter um tom uniforme e sem riscos - isso irá exigir treino também.

Tente chegar em algo parecido com o que foi feito nesta imagem. Um colorido uniforme sem partes mais escuras nem mais claras.

Degradê:

É o tom contínuo só que usado num desnho de claro/escuro, quando você precisará ter partes claras, outras nem tão claras e ir escurecendo até chegar a uma sombra bem escura por exemplo.

Note este desenho que foi feito com essas duas técnicas, porém com lápis grafite cinza.

Giz de cera/crayon:

A melhor marca é Carand´Ache. Mas como não é muito usado nem predileto dos estilistas, você pode comprar aqueles escolares mesmo para se divertir ai treinando.

Com o lápis cera também podemos obter o tom contínuo. Inclusive usando-o deitado - na sua parte lisa.

Com ele você pode fazer a seguinte técnica, muito interessante para enriquecer e dar realidade às suas invenções fashions:

Técnicas com o giz de cera:

Frotagem ou Frotage:

Utilização de superfícies com relevo para obter texturas em seus desenhos.

Diversos acessórios podem ser usados, ai fica a cargo de sua imaginação.

Neste desenho foi usado um cinto com nervuras para o vestido, um bordado para a bolsa e boina.

Você pode optar por fazer a frotage em um papel a parte para não correr o risco de estragar seu desenho e depois traçar a forma de sua roupa, recortar e colar no croqui.

Guache:

Contém pigmentos de tinta que se dissolvem com água.

A melhor marca para guache é Talens.

Para fazer pinturas a guache precisaremos de um azulejo para fazer as misturas de cores e dissolver na água.

A água fica num copinho.

Sempre aconselhável forrar a mesa que estiver trabalhando com plástico.

O pincel ideal a ser comprado é Tigre, série 482 n° 16

O papel utilizado deve ser bem expesso, Canson de gramatura 200g.

Técnica usada: Guache, finalizada com caneta Ultrafine para retroprojetor 0,33mm/ ou canetas Magic Color/ ou Canetas nanquim

Técnica da canetinha aquarelada:

Utilizando canetinha hidrocor ponta grossa, de preferência marca Pilot, fazemos riscos no azulejo e com o pincel levemente úmido vamos misturando e pintando no desenho. Eu particularmente gosto muito dessa técnica. Prática e com resultado semelhante ao da Aquarela, de maior uniformidade que o lápis de cor.

Pastel:

O pastel é usado como pintura e como desenho também. Com textura semelhante ao carvão,

abaixo temos o pastel seco, sendo misturado (misturamos com as pontas dos dedos, espalhando como espalhamos uma base na maquiagem) - Uma vantagem do pastel é não precisar ser misturado antes com outras cores, você pode misturá-lo ao mesmo tempo que está pintando seu desenho. O que permite que você erre, com o pastel há mais facilidade para disfarçar erros, pois pode ser esfumaçado, riscado por cima novamente com outras cores.

Deve haver cuidado no manuseio, pois quebra facilmente e suja muito as mãos. Fique sempre com um guardanapo, paninho ao seu lado.

Existem 4 tipos de pastel:

Macios ou secos: Os mais usados = maior brilho, textura bem farinhenta;

Duros: Possuem consistência mais fina não se partem facilmente e podem ser apontados;

Pastéis em lápis: Mais usados como ferramenta de desenho, mais do que de pintura;

Pásteis a óleo: Não podem ser usados em conjunto com outros, pois possuem em sua composição óleo ao invés de goma. Possuem aparência semelhante à pinturas à óleo.

O que usamos mais nos desenhos de moda, são os macios secos. Uma marca que recomendo é Schwan - Stabilo.

Importante: Após terminar o seu desenho, você precisará de um fixador aerosol. Pois por ser esfareladinho, ele vai se desintegrando e o desenho pode sumir com o tempo.

Para quem é do RJ, o B-sides recomenda:

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Fontes de algumas imagens: site select game / livro Técnicas de desenho e pintura de Hazel Herrison